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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sistema Digestório

FAZENDO A DIGESTÃO

De onde provém a energia necessária para o movimento dos automóveis? Nosso corpo é semelhante a um carro. Como você acha que conseguimos energia para viver?
Um corpo é muito mais complexo que uma máquina. Ele consegue sentir emoções e pode encontrar soluções para novos problemas que surgem. Em alguns aspectos, no entanto, somos parecidos com as máquinas. Um carro necessita de algo para se movimentar. Nosso corpo também. Como conseguimos energia para correr, andar, falar, trabalhar, dormir, pensar?
Assim como um carro ou máquina qualquer, nosso corpo precisa de um combustível do qual possa retirar energia para sobreviver.
Você sabe que, sem alimentos, não conseguimos sobreviver. Do mesmo modo, um carro não consegue se movimentar se não possuir gasolina ou álcool, por exemplo.
Para que qualquer máquina se movimente, é necessário que haja um combustível que “alimente” de energia o motor.
O alimento é o nosso combustível. Mas, além de fornecer energia, os alimentos fornecem também materiais para a construção e manutenção do corpo.
Tudo o que ingerimos se transforma em outras substâncias que irão se incorporar ao nosso corpo ou liberar energia para as nossas atividades diárias. O que não for aproveitado será eliminado.
Mas os alimentos não podem se transformar em energia ou constituir partes do nosso corpo se não sofrerem modificações.
A primeira modificação é do tamanho. Você sabe que mastigamos os alimentos na boca. Mas, para que as substâncias que compõem os alimentos possam caminhar pelo sangue e ser absorvidas pelo corpo todo, precisam ter tamanho muito menor do que os pedaços produzidos pela mastigação.
A função da digestão é essa: reduzir os alimentos ao tamanho necessário para que sejam aproveitados pelo corpo.
Todos os animais, desde o menor microrganismo até um elefante, digerem alimentos. A exceção são os parasitas.
Num microrganismo, a digestão é bem simples: os nutrientes atravessam seu pequeno corpo e são digeridos por substâncias que o próprio animal produz.
Nos animais maiores, a digestão é mais complexa e envolve diversas etapas.

UM TUBO E MUITAS CURVAS

Para que os alimentos possam ser transformados em partículas menores, é necessário que eles fiquem algumas horas no nosso organismo, e que caminhem lentamente para serem absorvidos.
O nosso tubo digestório inicia-se na boca e termina no ânus. O nosso tubo digestório nada mais é do que um grande tubo, só que cheio de curvas. Ao longo desse tubo existem órgãos que auxiliam o processo de digestão, como o fígado e o pâncreas.
Observe o próximo desenho :

TUBO DIGESTÓRIO HUMANO





Esse é o tubo digestório encontrado em grande parte dos animais. Na natureza, podemos encontrar algumas variações. Em animais que se alimentam exclusivamente de vegetais, o estômago pode ser mais complexo, contendo vários compartimentos. Um desses compartimentos abriga microrganismos que digerem a celulose dos vegetais para que ela seja aproveitada pelo animal “vegetariano” . Exemplo: o boi.



Os peixes não possuem intestinos muito longos e as aves possuem duas estruturas para amolecimento e trituração dos alimentos: o papo e a moela.






Nosso intestino é bastante longo e fica todo dobrado. Além disso, a parte interna do tubo é enrugada e dobrada para aumentar a superfície. As dobras do intestino humano chamam-se vilosidades. São como os dedos de uma luva.



COMO DIGERIMOS OS ALIMENTOS?

Nossa digestão começa na boca. O alimento sofre a ação dos dentes e da saliva, que trituram e amolecem os alimentos.
A saliva é produzida pelas glândulas salivares. Contém, além de água, enzimas que iniciam a digestão dos açúcares.
As enzimas são específicas, ou seja, auxiliam apenas um tipo específico de processo.
Existem enzimas que agem sobre os açúcares, enzimas que agem sobre proteínas e outras que agem sobre as gorduras.
As gorduras são digeridas pelas enzimas, chamadas lipases. As lipases agem sobre as gorduras com a ajuda da bile, que não contém enzimas. A bile faz o papel dos detergentes, ou seja, diminui o tamanho das gotículas de gordura para facilitar a ação das lipases. Dessa forma, aumenta a superfície de contato entre a gordura e as enzimas digestivas.
As enzimas ficam dissolvidas em líquidos chamados sucos. A saliva é o primeiro desses sucos líquidos. Ela possui um tipo de enzima, a ptialina, que começa a digerir os açúcares.
Depois que o alimento passa pela boca, ele desce passando pela faringe e pelo esôfago até chegar ao estômago.
Enzimas são substâncias químicas que aumentam a velocidade de um processo químico. Por exemplo: algumas enzimas ajudam a “quebrar” os alimentos.

O ESTÔMAGO

O estômago é um “bolsa” na qual o alimento permanecerá por algumas horas, num processo de digestão normal.
As paredes do estômago produzem o suco gástrico, composto por enzimas, água, ácido clorídrico e outras substâncias. É muito importante que o suco gástrico seja ácido, pois as enzimas nele contidas necessitam de um meio ácido para atuar, se não perdem seu efeito. Essas enzimas digerem proteínas.
O estômago faz apenas a digestão inicial das proteínas. A maior parte desse processo ocorrerá, na realidade, no intestino delgado.

OS INTESTINOS

O intestino delgado é o principal órgão da digestão. Suas paredes produzem o suco entérico, que é rico em enzimas.
O pâncreas também produz um suco com enzimas, que é lançado no intestino delgado: o suco pancreático.
A bile é lançada no intestino delgado quando ingerimos alimentos ricos em gordura. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar.
Às vezes acontece de uma pessoa ter problemas na vesícula, e a única solução pode ser retirá-la.
Quando chega ao final do intestino delgado, o alimento está praticamente digerido. Em torno do tubo do intestino existe grande quantidade de vasos sangüíneos. O alimento digerido se tornou tão pequeno que consegue atravessar as paredes do intestino e dos vasos para ser distribuído pelo sangue para o corpo todo.
A função do intestino grosso é reabsorver a água que ainda existe nos restos de alimento. As fezes, que são os restos alimentares não aproveitados (fibras e outras substâncias), formam-se no intestino grosso.




Portanto, podemos concluir que é por meio dos alimentos que conseguimos os nutrientes necessários para obter energia e materiais para a construção e a manutenção do nosso corpo. Um carro se movimenta quando possui combustível, e nós, quando nos alimentamos.

EXERCÍCIOS –
1. O que acontece com os alimentos até se transformarem em energia ou fazer parte do nosso corpo?
2. Qual o caminho dos alimentos dentro do seu corpo? Responda com base no que você já sabe.
3. De maneira simplificada, podemos dizer que os dentes e a bile têm a mesma função: tornar os pedaços de alimentos menores. Por que você acha que isso é importante?

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