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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ciência vê maior descoberta contra Alzheimer dos últimos 15 anos

Dois grupos de cientistas, um do Reino Unido e outro da França, deram um grande passo nas pesquisas sobre o mal de Alzheimer, ao identificar três novos genes relacionados à doença, o que pode reduzir em até 20% seus índices de incidência.

À frente da equipe de pesquisa sobre o tema no Reino Unido, Julie Williams, professora da Universidade de Cardiff, afirmou que se trata "do maior avanço conseguido na pesquisa sobre Alzheimer nos últimos 15 anos". O estudo foi divulgado pela revista "Nature Genetics".

Os pesquisadores asseguraram que se as atividades dos genes descobertos forem neutralizadas, poderiam prevenir, em uma área como a do Reino Unido (com uma população de 61 milhões de pessoas), 100 mil novos casos por ano do variante mais comum do mal de Alzheimer, sofrido em idade mais avançada.

Genes

A identificação destes três genes é a primeira desde 1993, ano no qual uma forma mutante de um gene chamado APOE foi responsabilizada por 25% dos casos diagnosticados da doença.

Dois destes três novos genes, denominados clusterina (ou CLU) e PICALM, foram identificados pela equipe britânica, e o terceiro, denominado receptor complementar 1 (ou CR1), pela equipe francesa.

O gene clusterina é conhecido por sua variada propriedade protetora do cérebro e, da mesma forma que o APOE, ajuda o cérebro a se desfazer dos amilóides, uma proteína potencialmente destrutiva.

A novidade é que, segundo o estudo, estes genes também ajudam a reduzir as inflamações que danificam o cérebro, causadas por uma excessiva resposta do sistema imunológico, função que compartilha com o CR1.

Os cientistas acreditam que a inflamação cerebral pode ter um papel muito mais importante no desenvolvimento do mal de Alzheimer e que poder interagir com estes genes abre as portas para tratamentos novos e mais eficazes.

O mal de Alzheimer, para o qual não há um tratamento eficaz, é uma doença neurodegenerativa que se manifesta através de uma deterioração cognitiva e de transtorno de conduta, devido à morte dos neurônios e de uma atrofia cerebral.

Autor/Fonte: UOL | Edição: Raoni Barbosa - 06 de Setembro de 2009 22:46

Descoberto novo espécime de peixe amazônico

Descoberto novo espécime de peixe amazônico

Piaba transparente é considerada uma miniatura e tem alcance comercial, diz pesquisadora

Piaba transparente é considerada uma miniatura e tem alcance comercial, diz pesquisadora (foto: Globo Amazônia)

Considerada uma miniatura, graças ao tamanho reduzido em comparação a outros peixes do mesmo grupo, a piaba dálmata (Amazonspinther dalmata) tem em média 17 milímetros de comprimento, no máximo 20. As outras piabas alcançam os 60 milímetros.

Outra característica é a transparência,que permite a visualização de seus órgãos, como a bexiga natatória – bolha que o animal tem dentro do corpo com função de controle sobre a profundidade que atinge.

A piaba dálmata parece endêmica dos Rios Madeira e Purus.

“A miniaturização é um fenômeno evolutivo que ocorre em vários tipos de animais”, explica Bührnheim. A ciência ainda não tem uma explicação definitiva sobre os motivos de certos tipos de animais evoluírem para a miniaturização.

O nome “dálmata” decorre das três manchas pretas que o peixe apresenta. Para Bührnheim, a espécie tem potencial comercial. A publicação da descoberta foi feita em dezembro na revista científica Neotropical Ichthyology.

Fonte: Globo Amazônia (fev. 2009)